Aspectos Cirúrgicos

Por Dra. Katia Cibele Cisz
Médica, Especialista em Coloproctologia

A Retocolite Ulcerativa é doença  de caráter crônico (prolongada), e seu tratamento baseia-se em medidas dietéticas, psicológicas, medicamentosas e, muitas vezes, cirúrgicas. Diferente do que as pessoas imaginam, a cirurgia não é a última etapa da estratégia terapêutica, ela pode ser necessária já no início do atendimento, isolada ou associada ao uso de medicações. Fatores como localização, tempo de doença, aspecto do órgão afetado, resposta a medicamentos já utilizados são determinantes na escolha do tratamento.

Apesar de inúmeros avanços na compreensão e tratamento da Retocolite Ulcerativa nos últimos anos, ainda cerca de 75% dor portadores eventualmente necessitarão de cirurgia. Ultimamente, o diagnóstico mais precoce das doenças, o seguimento clínico rigoroso a cada 3-4 meses e a chegada de novos medicamentos mais eficazes têm permitido uma redução nas taxas de cirurgias. Algumas pessoas com essas condições têm a opção de escolher a cirurgia (eletiva), enquanto para outras o procedimento cirúrgico é uma necessidade absoluta (urgência) devido a complicações da doença.

Quando bem indicada, tem a vantagem de melhorar os sintomas, a qualidade de vida, o estado nutricional e possibilitar o sucesso na retomada do tratamento medicamentoso. O advento das novas técnicas cirúrgicas tem contribuído para os melhores resultados no tratamento da Retocolite Ulcerativa. Trata-se de uma conduta segura, que pode ser repetida (se necessário!), com baixos riscos de complicações, principalmente se bem orientada e conduzida.

As principais indicações de cirurgia na Retocolite Ulcerativa são intratabilidade clínica (não resposta a medicamentos), presença de tumor, além das indicações de urgência/emergência: como hemorragias, obstrução intestinal, perfuração intestinal e megacólon tóxico.

Como a doença afeta o cólon e o reto, a remoção completa desses órgãos chama-se Proctocolectomia; e é o procedimento cirúrgico mais comumente realizado neste quadro. Ele pode ser realizado em um, dois ou três estágios (tempos); e o íleo (final do intestino delgado) é então moldado em uma bolsa, e conectado ao ânus (reservatório anal). Com a bolsa do íleo recém-formada, uma ileostomia temporária é normalmente realizada para desviar as fezes até a cicatrização adequada.

O tratamento cirúrgico na Retocolite Ulcerativa tem um importante papel, e a consulta com o cirurgião especialista deve fazer parte do tratamento multidisciplinar. Ela é uma das opções de tratamento, cujos objetivos são aliviar os sintomas, reduzir o risco e tratar as complicações dessa maneira melhorando a qualidade de vida. 

 

Dra. Kátia Cibele Cisz é coloproctologista com atuação em Doenças Inflamatórias Intestinais e Membro Titular do GEDIIB.

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