Introdução

Por Dra. Luiza D. Perini
Médica, Especialista em Gastroenterologia

A Pancreatite Crônica é caracterizada pela inflamação crônica e contínua do pâncreas, resultando em destruição progressiva do órgão, caracterizada por dor e/ou perda permanente das funções do órgão. O pâncreas possui funções que podem ser dividas em duas partes:

- ENDÓCRINAS: produção de hormônios que controlam a glicose (açúcar) no sangue como a insulina e o glucagon.

- EXÓCRINA: produção de suco pancreático que contém enzimas que participam da digestão.

A perda progressiva da função do pâncreas provocada pela pancreatite crônica resulta em alteração no processo de digestão e absorção dos alimentos, bem como na incapacidade de produção de insulina, levando ao aparecimento de diabetes. A pancreatite crônica é mais comumente causada pelo uso de álcool ou tabaco, mas também pode ocorrer por outras causas como episódios recorrentes de pancreatite aguda, alteraçães metabólicas (hipertrigliceridemia, hipercalcemia) medicações, pancreatite autoimune ou alterações genéticas, como fibrose cística. 

Para compreendermos melhor como ocorre a Pancreatite Crônica é importante entendermos o que é o pâncreas e como funciona nosso sistema digestório

O Sistema digestório compreende vários órgãos que tem como principais funções receber os alimentos, realizar reações químicas (digestão), absorver os nutrientes preparados e executar a eliminação dos resíduos (fezes). Para tal possui órgãos tubulares (esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso) por onde os alimentos e posteriormente as fezes são conduzidas e os chamados órgãos anexos (glândulas salivares, fígado, vesícula, pâncreas) que auxiliam o processo digestivo através da produção e liberação de sucos (enzimas) sobre o bolo alimentar. É importante conhecermos a anatomia do trato digestório e suas funções pois doenças nestes locais irão causar diferentes formas de apresentação, sintomas e consequências em nosso organismo.

O processo de digestão já se inicia na cavidade oral, onde o ato da mastigação amassa o alimento, cortando-o, macerando e reduzindo em pequenos fragmentos, facilitando de imediato a ação de enzimas digestivas encontradas na saliva.

Na sequência, esse bolo alimentar é encaminhado ao esôfago que irá transportá-lo até o estômago. Neste ponto que ocorre a maior parte do processo de digestão, pela ação do potente ácido gástrico (clorídrico) e de várias enzimas resultando na transformação do alimento em um composto pastoso/líquido. 

Tais reações são de fundamental importância para que o próximo órgão, o intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), consiga absorver os nutrientes adequadamente. Para isso, conta com auxílio da ação da bile (vesícula biliar e fígado) e suco pancreático (pâncreas) e de sua grande extensão e diferentes e especializados locais de absorção. 

O Pâncreas é uma glândula localizada na parte superior do abdome, em uma área chamada de retroperitônio, situada atrás do estômago. É responsável pela produção do suco pancreático liberado no duodeno (parte inicial do intestino delgado) que servepara auxiliar no processo de digestão dos alimentos. As principais enzimas do suco pancreático são a amilase e a lipase que atuam quebrando os alimentos em pedaços menores. A amilase é especializada na digestão do carboidrato, enquanto a lipase atua principalmente sobre a gordura

Além disso, o pâncreas possui estruturas chamadas de ilhotas de Langerhans que serão responsáveis pela produção de hormônios como, por exemplo, insulina, somatostatina e glucagon que agem na regulação da glicose do organismo. 

Após ocorrer o processo de digestão e absorção de nutrientes, o resíduo que agora apresenta aspecto líquido (fezes líquidas), será encaminhado e liberado no intestino grosso (cólon), onde através de movimentos propulsores e processo de reabsorção de água pelas paredes, irá transformar e armazenar as fezes em consistência pastosa/sólida até sua expulsão pelo reto (defecação).

 

Dra. Luiza D. Perini é Médica, Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, Membro da diretoria da Acelbra-SC (Associação Brasileira dos Celíacos de Santa Catarina). Também é membro da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, membro do Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e International Member of the  merican Pancreatic Association (APA).

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